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Shrink - Psis tb são humanos!
Quanto comentei com alguns alunos-amigos sobre esse filme, tiveram todos a mesma reação que eu. O q??? Como???
Pois é. Esse filme passou tão despercebido no país, que nem sei ao certo se chegou a ser veiculado nos cinemas. Pesquisei rapidamente e achei a tradução de “O Psicólogo”, mas nao sei realmente se poderia confiar nos fatos. Vou deixar com o título original mesmo.
Kevin Spacey é Henry Carter, um pofissional Psi, passando por alguns momentos bem cruciais em sua vida. Como todo ser humano, está passível a sofrimentos e momentos em sofrimento psíquico. O fato de ser um profissional não o torna imune a tudo aquilo que nos faz humanos: nossos sentimentos e a eterna conflitiva que eles trazem.
Como forma de ironia e deboche, Henry é famoso por um livro de auto ajuda, sobre felicidade, e que virará um audio book. Uma carreia no seu auge, cortada pela realidade de um luto nada elaborado. Sua esposa cometeu suicídio e Henry se torna um dependente de maconha. Usa e abusa compulsivamente da droga, numa tentativa de anestesiar completamente seus sentimentos. A compulsão não é química, pela substancia em sí, mas pela busca de um estado onde não se possa mais sentir o sofrimento e a dor de um luto prematuro e inesperado.
Além da humanização do profissional, o filme apresenta alguns casos clássicos que variam do divertido ao emotivo. Seu terapeuta é seu traficante e os momentos de negociação se transformam quase que em uma terapia grupal no modelo mais pichoniano possível.
Um dos pacientes é um executivo power freak, dependente químico, taquilálico e, claro, como Schroeber o faria se fosse vivo hoje, totalmente paranóico. Outro paciente, Jack, é um dependente alcóolico, mas que esconde essa dependencia alegando ser um viciado em sexo. Todo o setting acontece em hollywood, logo, muitas celebridades com casamentos conflitivos e tramas no maior estilo cinematográfico. Tudo gira perto de um cinema, roteiro ou filme. Meta-simbologia total!
Histórias soltas e recortadas, que aparentemente não se completam. O filme tem um ritmo lento no início, assim como a vida de Henry, devido ao uso abusivo da maconha. Isso muda quando seu pai, também um profissional Psi, o encaminha Jemma, uma adolescente em elaboraçao do luto de sua mãe. Jemma, tem o delicioso hábito de ir ao cinema e se deixar levar pelo filme....opa...acho que já ví isso em algum lugar.....www.cinematerapia.psc.br
Questões éticas e teóricas a parte, pois estamos lidando com um contexto diferente do nosso, Jemma será também um catalizador para Henry. A história ganha outro ritmo, com cenas fortes e que instigam os sentimentos mais distintos. (sem mais spoilers). Ótimo filme para mostrar que nós, profissionais, estamos sujeitos aos mesmos possíveis problemas que qualquer pessoa. O nosso trabalho não nos torna melhores, pioes ou mais preparados para nada.
http://www.megaupload.com/?d=RJY090AT
03/05/2010
Alice no país do Inconsciente…
Infelizmente não conseguí assistir ao filme com a tecnologia 3D ou com todo o aparato tecnológico possível. É claro que isso ajuda, mas não é essencial para se “degustar” tamanha preciosidade cinematográfica.
Realmente Alice é um filme FRACO....sim, eu diria, FRAQUÍSSIMO em t ermos de roteiro. História básica, clichet, previsível, mas que não faz nenhuma diferença no conjunto. Sim....o final é previsível, os acontecimentos são óbvios e conhecidos, mas a grande beleza do filme está justamente nisto.
Quem foi assistir esperando uma trama de suspensa ou algo fenomenal, ou algo de tirar o fôlego, se esqueceu de toda a história clássica, mágica, e quase nada infantil. Este é um filme para adultos, regredirem ao seu ponto mais infantil e recordarem de pontos de suas infâncias onde a magia esteve presente. Pontos nos quais nossos senhores do ego nos permitiam vivenciar e experimentar nossas fantasias de maneira mais “ídica”, vivenciado cada momento como se fosse único e último.
Alice, pra mim, é um filme-fábula que fala sobre saúde mental, e sobre genialidade e loucura. Sim...o chapeleiro, “louco”, tem um pouco de cada um de nós. As metáforas estão presentes em todo o filme e cabe a cada um de nós as observar e vivenciar. “Wonderland”, assim como Nárnia é um lugar mágico, criado a partir da CRIATIVIDADE daquele que, pela primeira vez, ousou colocar no papel. E de onde mesmo vêm a nossa criatividade? “Ah-ã, Cláudia”...lá mesmo do INCONSCIENTE.
Em todo gênio existe uma loucura e em toda loucura existe uma genialidade. No cruzamento desses dois, estamos todos nós, vivendo neste eterno mundo conflitivo, obedecendo aos nossos 3 senhores do Ego(Id, Realidade e Superego).
Que vc identifique um pouco de si no Chapeleiro, em Alice ou em cada um dos personagens, tanto os bonzinhos, como os malvados. Boa jornada de retorno a um ponto infantil, onde a magia se fazia presente, sem culpa!