Tecnologia do Blogger.

17/05/2010

Dexter e a psicodinâmica psicopática


Há algum tempo que amigos e alunos me enviam indicações deste seriado. Com o excesso de atividades e escassez de tempo, demorou um pouco – alguns anos – para que pudesse finalmente assistir a pelo menos um episódio.

É claro que ao longo desses quase 5 anos muita coisa deve ter mudado e tornado o seriado mais complexo. Minhas considerações são todas feitas a partir do episódio 1.01, quando somos apresentados ao protagonista e ao seu nítido quadro de psicopatia.

Nas primeiras cenas o mecanismo de CONTROLE fica bem nítido, até mesmo na forma que ataca sua primeira vítima. Rédeas que levam a uma onipotência, latente e totalmente manifesta. Nosso justiceiro tem um grande controle pulsional, da mesma forma que precisa controlar aqueles que serão objetos de satisfação desta.

Leia mais...

16/05/2010

Dr House, um menininho de 7 anos....

O episódio do seriado House 6.20 teve algo de novo e interessante essa semana. (SPOILER ON)

Em crise pq Wilson pediu para que se mudasse de volta para seu antigo apartamento, House está em uma sessão de terapia. Há algum tempo que acompanhamos seu sofrimento psíquico, desde seu colapso nervoso no final do ano 5.

Nas últimas semanas seus mecanismos de defesa ficaram cada vez mais fortes e os episódios eram recheados de sarcasmo, ironia e todas as maneiras agressivas de lidar com seus objetos, tão típicas do Dr mais odiado e debochado da Tv americana.

Leia mais...

14/05/2010

A adoção por casais homoparentais


Esse é um tema que tem encontrado grande espaço em debate na atualidade, dentro e fora do Brasil. Por aqui corre uma discussão sobre novas medidas e leis onde mais do que nunca essa questão sublinha nossos traços de homofobia. Correntes religiosas se colocam em bloco contra a aprovação de qualquer brecha que permita uma flexibilização maior para a adoção feita por casais homossexuais. Fica a pergunta que não se cala: que “cuidado” é esse que prefere uma criança institucionalizada(criada por orfanatos e ongs) do que por um casal homoparental amoroso e dedicado à formação dessa criança?

Leia mais...

12/05/2010

Fofocas e Bastidores de Freud Além da Alma...


Desde o final dos anos 60, esse filme é utilizado nas universidades. Muito se comenta sobre a autencidade história dele (#fail). Porém, o filme não tem intenção de ser biográfico, e talvez por isso, gere tantos debates entre psicólogos de base psicanalítica e psicanalistas.

Sempre menciono esse artigo, mas percebo que são poucos que tiveram ou tem acesso a ele. Durante alguns anos, a versão digital ficou fora do ar e tive que usar a velha máquina de xerox.

Coloco aqui o material original (inglês), com a indicação do site no final. Vale a pena ler sobre as fofocas e bastidores da gravação deste filme, que décadas depois, ainda é uma da obras de referencia na academia.

Leia mais...

10/05/2010

Clube de Leitura de Jane Austen (The Jane Austen Book Clube, 2007)





Clube de Leitura de Jane Austen poderia ser chamado de um meta filme. Seria um filme sobre algo contido em outro filme ou livro. O enredo está direcionado a algo contido em outra obra e ambas criam uma conexão ao longo da trama.
Uma película que começa com muitas cenas cotidianas de estresse. Trânsito caótico, cidades lotadas, máquinas e computadores mecanizando nosso dia a dia. Tempo escasso para se pensar, sentir, elaborar e vivenciar. Egos pressionados por todos nos lados, pelos mais fortes estímulos. Difícil tarefa de negociação, visto que este “senhor do Ego” demanda tanta energia psíquica.

Leia mais...

07/05/2010

Como assistir seriados…


Se vc, assim como eu, detesta novelas, não tem paciência para programas da TV aberta, e está preso a um contrato de fidelidade da TV a Cabo, seus problemas tabajaras acabaram....Sim, existe uma possibilidade de diversão que está além dessas opções .

Há muito tempo que eu optei pela troca: abolí a televisão e me joguei na Internet. Salvo casos nos quais vejo televisão ENQUANTO uso a net, quando algo é mencionado sobre. Filmes e seriados estão disponíveis seja em tempo real, seja com um atraso de algumas horas ou poucos dias.

Leia mais...

06/05/2010

House e o Tratamento para Gays

Essa semana (3 de Maio) tive o prazer de assistir ao Episódio 6x19 do seriado House. Controvérsias e deboches a parte, é uma das séries que mais me agradam, pelo tipo de humor extremista e inteligente. Bom para relaxar e esquecer um pouco dos estresses dos dia a dia.

O nome original do episódio é The Choice, literalmente traduzido como “A Escolha”. Interessante o nome dado para o caso em questão. Resumidamente, como pano de fundo para um quadro bizarro e práticas nada éticas, temos um noivo que não consegue se casar, com sintomas que poderiam variar desde um quadro histérico, até, “como de chistes”, câncer.

Ao longo das investigações nada convencionais, descobre-se que o paciente realizou um daqueles famosos tratamentos para “deixar de ser gay”, muito comuns em agremiações fanáticas religiosas americanas e que têm seu ponto forte no Brasil com uma pseu-colega, pseu-sicóloga, já processada, julgada e CONDENADA, pelo Conselho Federal de Psicologia.

Que este tratamento é uma picaretagem, todos já sabemos. Que eles utilizam técnicas quase de tortura e totalmente aversivas, nós também já sabemos. Que esse tratamento não tem qualquer resultado, nós também já sabemos. Que esse tratamento é um pano de fundo para uma lavagem cerebral religiosa, nós também já sabemos. Então, o que o seriado trouxe de novo?

Vale ressaltar que as conflitivas pessoais são pano de fundo neste seriado e não assista esperando um final feliz. Não há um Romeu e Romeu, ou até mesmo um Romeu e Julieta com um “felizes para sempre”. A resolução do quadro CLINICO é que precisa ocorrer, as tramas não.

Com isso, o ponto novo trazido pelo seriado é a questão do mecanismo de defesa muito comum nesses quadros. O noivo nega constantemente sua relação homoafetiva de uma maneira que convence a si mesmo. Mecanismo de defesa puro, agindo diretamente numa pulsão e situação vivenciada. Não há simulação ou dissimulação. Ele realmente ACREDITA que não houve relação nos últimos anos e que não é homossexual.

Outro ponto interessante levantado pelo episódio é justamente o título: ESCOLHA. Sabemos que não há OPÇÃO sexual, mas sim, Orientação sexual. Isso quer dizer que não há uma escolha. Ninguém escolhe ser homo ou hetero e essa orientação se dá em um plano inconsciente. Se há uma “escolha”, perpassa pela racionalidade e consciência, e nem sempre, será condizente com o desejo, e aí, haja mecanismo de defesa para esse Ego agüentar!

E se você acompanha a @Cleycianne no Twitter, vai achar uma total semelhança do personagem com o Wandersson, noivo curado da nossa pastora ungida ex-ôca! (http://www.cleycianne.com/)

Para quem quiser assistir ao seriado, indico o site www.themusidude.net Basta fazer o cadastro e baixar o episódio, já com legendas.

Leia mais...

05/05/2010

Por onde anda "Aham Cláudia, senta lá"..

Em tempos de eleições e dúvidas em quem votar, acabei de escolher minha candidata.

"Aham, Cláudia, senta lá" é quem receberá meu voto.

A pergunta que não se cala é: POR ONDE ANDARÁ CLAÚDIA?

Tô pensando seriamente (aham, cláudia...eu sério aqui) em escrever para um desses programas cafonas que procuram pessoas, pois precisamos reunir esse ícone virtual com a rainha verde dos baixinhos...


Leia mais...

04/05/2010

Shrink - Psis tb são humanos!

Shrink (2009)

Quanto comentei com alguns alunos-amigos sobre esse filme, tiveram todos a mesma reação que eu. O q??? Como???

Pois é. Esse filme passou tão despercebido no país, que nem sei ao certo se chegou a ser veiculado nos cinemas. Pesquisei rapidamente e achei a tradução de “O Psicólogo”, mas nao sei realmente se poderia confiar nos fatos. Vou deixar com o título original mesmo.

Kevin Spacey é Henry Carter, um pofissional Psi, passando por alguns momentos bem cruciais em sua vida. Como todo ser humano, está passível a sofrimentos e momentos em sofrimento psíquico. O fato de ser um profissional não o torna imune a tudo aquilo que nos faz humanos: nossos sentimentos e a eterna conflitiva que eles trazem.

Como forma de ironia e deboche, Henry é famoso por um livro de auto ajuda, sobre felicidade, e que virará um audio book. Uma carreia no seu auge, cortada pela realidade de um luto nada elaborado. Sua esposa cometeu suicídio e Henry se torna um dependente de maconha. Usa e abusa compulsivamente da droga, numa tentativa de anestesiar completamente seus sentimentos. A compulsão não é química, pela substancia em sí, mas pela busca de um estado onde não se possa mais sentir o sofrimento e a dor de um luto prematuro e inesperado.

Além da humanização do profissional, o filme apresenta alguns casos clássicos que variam do divertido ao emotivo. Seu terapeuta é seu traficante e os momentos de negociação se transformam quase que em uma terapia grupal no modelo mais pichoniano possível.

Um dos pacientes é um executivo power freak, dependente químico, taquilálico e, claro, como Schroeber o faria se fosse vivo hoje, totalmente paranóico. Outro paciente, Jack, é um dependente alcóolico, mas que esconde essa dependencia alegando ser um viciado em sexo. Todo o setting acontece em hollywood, logo, muitas celebridades com casamentos conflitivos e tramas no maior estilo cinematográfico. Tudo gira perto de um cinema, roteiro ou filme. Meta-simbologia total!

Histórias soltas e recortadas, que aparentemente não se completam. O filme tem um ritmo lento no início, assim como a vida de Henry, devido ao uso abusivo da maconha. Isso muda quando seu pai, também um profissional Psi, o encaminha Jemma, uma adolescente em elaboraçao do luto de sua mãe. Jemma, tem o delicioso hábito de ir ao cinema e se deixar levar pelo filme....opa...acho que já ví isso em algum lugar.....www.cinematerapia.psc.br

Questões éticas e teóricas a parte, pois estamos lidando com um contexto diferente do nosso, Jemma será também um catalizador para Henry. A história ganha outro ritmo, com cenas fortes e que instigam os sentimentos mais distintos. (sem mais spoilers). Ótimo filme para mostrar que nós, profissionais, estamos sujeitos aos mesmos possíveis problemas que qualquer pessoa. O nosso trabalho não nos torna melhores, pioes ou mais preparados para nada.

http://www.megaupload.com/?d=RJY090AT

Leia mais...

03/05/2010

Alice no país do Inconsciente…

Que Lewes Carroll tinha, digamos, uma imaginação estimulada quimicamente e muito fértil, todos conspiram e comentam nos dias de hoje. Porém, só mesmo uma outra mente tão criativa, e digamos, louca quanto, poderia produzir uma obra sua com tanta caracterização. Tim Burton conseguiu o que muitos achavam impossível: deu vida a Alice e sua trupe de forma mágica e totalmente psicodélica.

Infelizmente não conseguí assistir ao filme com a tecnologia 3D ou com todo o aparato tecnológico possível. É claro que isso ajuda, mas não é essencial para se “degustar” tamanha preciosidade cinematográfica.

Realmente Alice é um filme FRACO....sim, eu diria, FRAQUÍSSIMO em t ermos de roteiro. História básica, clichet, previsível, mas que não faz nenhuma diferença no conjunto. Sim....o final é previsível, os acontecimentos são óbvios e conhecidos, mas a grande beleza do filme está justamente nisto.

Quem foi assistir esperando uma trama de suspensa ou algo fenomenal, ou algo de tirar o fôlego, se esqueceu de toda a história clássica, mágica, e quase nada infantil. Este é um filme para adultos, regredirem ao seu ponto mais infantil e recordarem de pontos de suas infâncias onde a magia esteve presente. Pontos nos quais nossos senhores do ego nos permitiam vivenciar e experimentar nossas fantasias de maneira mais “ídica”, vivenciado cada momento como se fosse único e último.

Alice, pra mim, é um filme-fábula que fala sobre saúde mental, e sobre genialidade e loucura. Sim...o chapeleiro, “louco”, tem um pouco de cada um de nós. As metáforas estão presentes em todo o filme e cabe a cada um de nós as observar e vivenciar. “Wonderland”, assim como Nárnia é um lugar mágico, criado a partir da CRIATIVIDADE daquele que, pela primeira vez, ousou colocar no papel. E de onde mesmo vêm a nossa criatividade? “Ah-ã, Cláudia”...lá mesmo do INCONSCIENTE.

Em todo gênio existe uma loucura e em toda loucura existe uma genialidade. No cruzamento desses dois, estamos todos nós, vivendo neste eterno mundo conflitivo, obedecendo aos nossos 3 senhores do Ego(Id, Realidade e Superego).

Que vc identifique um pouco de si no Chapeleiro, em Alice ou em cada um dos personagens, tanto os bonzinhos, como os malvados. Boa jornada de retorno a um ponto infantil, onde a magia se fazia presente, sem culpa!

Leia mais...

  ©Inconsciente Aberto - Todos os direitos reservados.

Template by Dicas Blogger | Topo