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06/05/2010

House e o Tratamento para Gays

Essa semana (3 de Maio) tive o prazer de assistir ao Episódio 6x19 do seriado House. Controvérsias e deboches a parte, é uma das séries que mais me agradam, pelo tipo de humor extremista e inteligente. Bom para relaxar e esquecer um pouco dos estresses dos dia a dia.

O nome original do episódio é The Choice, literalmente traduzido como “A Escolha”. Interessante o nome dado para o caso em questão. Resumidamente, como pano de fundo para um quadro bizarro e práticas nada éticas, temos um noivo que não consegue se casar, com sintomas que poderiam variar desde um quadro histérico, até, “como de chistes”, câncer.

Ao longo das investigações nada convencionais, descobre-se que o paciente realizou um daqueles famosos tratamentos para “deixar de ser gay”, muito comuns em agremiações fanáticas religiosas americanas e que têm seu ponto forte no Brasil com uma pseu-colega, pseu-sicóloga, já processada, julgada e CONDENADA, pelo Conselho Federal de Psicologia.

Que este tratamento é uma picaretagem, todos já sabemos. Que eles utilizam técnicas quase de tortura e totalmente aversivas, nós também já sabemos. Que esse tratamento não tem qualquer resultado, nós também já sabemos. Que esse tratamento é um pano de fundo para uma lavagem cerebral religiosa, nós também já sabemos. Então, o que o seriado trouxe de novo?

Vale ressaltar que as conflitivas pessoais são pano de fundo neste seriado e não assista esperando um final feliz. Não há um Romeu e Romeu, ou até mesmo um Romeu e Julieta com um “felizes para sempre”. A resolução do quadro CLINICO é que precisa ocorrer, as tramas não.

Com isso, o ponto novo trazido pelo seriado é a questão do mecanismo de defesa muito comum nesses quadros. O noivo nega constantemente sua relação homoafetiva de uma maneira que convence a si mesmo. Mecanismo de defesa puro, agindo diretamente numa pulsão e situação vivenciada. Não há simulação ou dissimulação. Ele realmente ACREDITA que não houve relação nos últimos anos e que não é homossexual.

Outro ponto interessante levantado pelo episódio é justamente o título: ESCOLHA. Sabemos que não há OPÇÃO sexual, mas sim, Orientação sexual. Isso quer dizer que não há uma escolha. Ninguém escolhe ser homo ou hetero e essa orientação se dá em um plano inconsciente. Se há uma “escolha”, perpassa pela racionalidade e consciência, e nem sempre, será condizente com o desejo, e aí, haja mecanismo de defesa para esse Ego agüentar!

E se você acompanha a @Cleycianne no Twitter, vai achar uma total semelhança do personagem com o Wandersson, noivo curado da nossa pastora ungida ex-ôca! (http://www.cleycianne.com/)

Para quem quiser assistir ao seriado, indico o site www.themusidude.net Basta fazer o cadastro e baixar o episódio, já com legendas.

1 comentários:

Herycon Biazzi disse...

gostei do que li, tow te seguindo agora
http://herycon.blogspot.com/

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