Tecnologia do Blogger.

04/05/2010

Shrink - Psis tb são humanos!

Shrink (2009)

Quanto comentei com alguns alunos-amigos sobre esse filme, tiveram todos a mesma reação que eu. O q??? Como???

Pois é. Esse filme passou tão despercebido no país, que nem sei ao certo se chegou a ser veiculado nos cinemas. Pesquisei rapidamente e achei a tradução de “O Psicólogo”, mas nao sei realmente se poderia confiar nos fatos. Vou deixar com o título original mesmo.

Kevin Spacey é Henry Carter, um pofissional Psi, passando por alguns momentos bem cruciais em sua vida. Como todo ser humano, está passível a sofrimentos e momentos em sofrimento psíquico. O fato de ser um profissional não o torna imune a tudo aquilo que nos faz humanos: nossos sentimentos e a eterna conflitiva que eles trazem.

Como forma de ironia e deboche, Henry é famoso por um livro de auto ajuda, sobre felicidade, e que virará um audio book. Uma carreia no seu auge, cortada pela realidade de um luto nada elaborado. Sua esposa cometeu suicídio e Henry se torna um dependente de maconha. Usa e abusa compulsivamente da droga, numa tentativa de anestesiar completamente seus sentimentos. A compulsão não é química, pela substancia em sí, mas pela busca de um estado onde não se possa mais sentir o sofrimento e a dor de um luto prematuro e inesperado.

Além da humanização do profissional, o filme apresenta alguns casos clássicos que variam do divertido ao emotivo. Seu terapeuta é seu traficante e os momentos de negociação se transformam quase que em uma terapia grupal no modelo mais pichoniano possível.

Um dos pacientes é um executivo power freak, dependente químico, taquilálico e, claro, como Schroeber o faria se fosse vivo hoje, totalmente paranóico. Outro paciente, Jack, é um dependente alcóolico, mas que esconde essa dependencia alegando ser um viciado em sexo. Todo o setting acontece em hollywood, logo, muitas celebridades com casamentos conflitivos e tramas no maior estilo cinematográfico. Tudo gira perto de um cinema, roteiro ou filme. Meta-simbologia total!

Histórias soltas e recortadas, que aparentemente não se completam. O filme tem um ritmo lento no início, assim como a vida de Henry, devido ao uso abusivo da maconha. Isso muda quando seu pai, também um profissional Psi, o encaminha Jemma, uma adolescente em elaboraçao do luto de sua mãe. Jemma, tem o delicioso hábito de ir ao cinema e se deixar levar pelo filme....opa...acho que já ví isso em algum lugar.....www.cinematerapia.psc.br

Questões éticas e teóricas a parte, pois estamos lidando com um contexto diferente do nosso, Jemma será também um catalizador para Henry. A história ganha outro ritmo, com cenas fortes e que instigam os sentimentos mais distintos. (sem mais spoilers). Ótimo filme para mostrar que nós, profissionais, estamos sujeitos aos mesmos possíveis problemas que qualquer pessoa. O nosso trabalho não nos torna melhores, pioes ou mais preparados para nada.

http://www.megaupload.com/?d=RJY090AT

0 comentários:

Postar um comentário

Escreva o que quiser, mas lembre-se que não sou um vaso sanitário :)

  ©Inconsciente Aberto - Todos os direitos reservados.

Template by Dicas Blogger | Topo