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03/05/2010

Alice no país do Inconsciente…

Que Lewes Carroll tinha, digamos, uma imaginação estimulada quimicamente e muito fértil, todos conspiram e comentam nos dias de hoje. Porém, só mesmo uma outra mente tão criativa, e digamos, louca quanto, poderia produzir uma obra sua com tanta caracterização. Tim Burton conseguiu o que muitos achavam impossível: deu vida a Alice e sua trupe de forma mágica e totalmente psicodélica.

Infelizmente não conseguí assistir ao filme com a tecnologia 3D ou com todo o aparato tecnológico possível. É claro que isso ajuda, mas não é essencial para se “degustar” tamanha preciosidade cinematográfica.

Realmente Alice é um filme FRACO....sim, eu diria, FRAQUÍSSIMO em t ermos de roteiro. História básica, clichet, previsível, mas que não faz nenhuma diferença no conjunto. Sim....o final é previsível, os acontecimentos são óbvios e conhecidos, mas a grande beleza do filme está justamente nisto.

Quem foi assistir esperando uma trama de suspensa ou algo fenomenal, ou algo de tirar o fôlego, se esqueceu de toda a história clássica, mágica, e quase nada infantil. Este é um filme para adultos, regredirem ao seu ponto mais infantil e recordarem de pontos de suas infâncias onde a magia esteve presente. Pontos nos quais nossos senhores do ego nos permitiam vivenciar e experimentar nossas fantasias de maneira mais “ídica”, vivenciado cada momento como se fosse único e último.

Alice, pra mim, é um filme-fábula que fala sobre saúde mental, e sobre genialidade e loucura. Sim...o chapeleiro, “louco”, tem um pouco de cada um de nós. As metáforas estão presentes em todo o filme e cabe a cada um de nós as observar e vivenciar. “Wonderland”, assim como Nárnia é um lugar mágico, criado a partir da CRIATIVIDADE daquele que, pela primeira vez, ousou colocar no papel. E de onde mesmo vêm a nossa criatividade? “Ah-ã, Cláudia”...lá mesmo do INCONSCIENTE.

Em todo gênio existe uma loucura e em toda loucura existe uma genialidade. No cruzamento desses dois, estamos todos nós, vivendo neste eterno mundo conflitivo, obedecendo aos nossos 3 senhores do Ego(Id, Realidade e Superego).

Que vc identifique um pouco de si no Chapeleiro, em Alice ou em cada um dos personagens, tanto os bonzinhos, como os malvados. Boa jornada de retorno a um ponto infantil, onde a magia se fazia presente, sem culpa!

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